terça-feira, 22 de maio de 2012

Rita Prado - entrevista para o jornal O Regional


Falando de mulheres
 “São Pedro é um amor realizado, é meu lugar no planeta” Foi falando de amor que começou minha conversa com Rita Prado. De amores vividos, dos que trouxeram muito aprendizado, crescimento, mas também tristezas e frustrações. É uma delícia conversar com Rita, uma aula de vida!
“Quando quero esquecer de algo eu uso a inteligência emocional” O que é isso, pergunto. “É racionalizar o sentimento, tudo o que chega na minha mão é meu, o que não é pode o mundo ajudar não chega. Isso é fé, bateu na minha porta é meu.
O problema são as nossas carências. Este é um buraco negro terrível. De tanto sofrimento eu consegui achar a orientação para meu coração.Estabeleci uma calma dentro de mim.Tudo é uma escolha. Não fico presa a aquilo que não posso ter,não sofro,aproveito cem por cento o que tenho em minhas mãos.
O importante é construir uma relação, em qualquer nível, não quero amigo porcaria, não quero trabalho porcaria, só aceito quem eu amo e me ama, mas não é de qualquer jeito.Amigo acontece, amor também tem que acontecer das duas partes, é um transito de duas mãos, de coração para coração.
 O relacionamento como o amor é o centro da vida da mulher.Podemos sim viver muito bem sozinhas,eu nunca quis casar.O casamento é uma roupa apertada que sufoca,namorar é muito melhor.
Neste momento estou em stad by,isto é, estou em transformação. ”Não será crescimento,pergunto “.Acho que sim quero ver tudo,quero que todas as mascaras caiam.Deus esta me mostrando isso.Tenho uma relação muito intima com ele”.Você chama isto de religião? “Chamo de amor,amo também a Bíblia,tudo o que você precisa esta lá.”
E como neste andar você veio parar em São Pedro?
“Nasci e cresci em São Paulo, mas minha família, Penha de Andrade, tinha fazenda e casa por aqui”. Quando meus pais mudaram-se para Rio Claro eu fui trabalhar em São Paulo. Na G(Glória Coelho), na Maria Bonita, na Valium onde eu fazia provas, pois minhas medidas eram perfeitas. Depois fui estudar na UNIMEP, em Piracicaba, fazer psicologia. Fui boa aluna, mas me decepcionei com o curso, abandonei e vim realizar o sonho de infância: morar em São Pedro.
Montei a Arte Móveis, loja onde não entrava uma mosca (risos) e depois a Passado Perfeito. Fiz muita coisa, o Hotel Jerubiaçaba, o São João tem trabalhos meus. Meu “ mestrado”(sou autodidata) foi em Piracicaba onde fiquei por um tempo.
“Como eu me defino? Bem, no meio onde nasci e fui criada foi preciso muita luta para colocar minhas diferenças, quero ser respeitada por elas. Eu me amo, gosto do que faço e crio me aceito bastante, independente de ter muita coisa para corrigir.”
E como é a Rira mãe? “Sou boa e brava, levo a serio a educação, é responsabilidade, estou preparando um ser humano. Minha filha é equilibrada, doce, super-responsável e determinada.
O sistema esta ai, faço o necessário, pago as contas, convivo, mas não pertenço a ele, não quero me enquadrar. Minha atitude é diferente, meu olhar é diferente,não gosto de burocracia.A maioria das pessoas estão adaptadas,enquadradas, pensam que tem segurança,pensam que estão protegidas,não tem coragem de fazer o que gostariam.
Quem tem coragem de pular o muro desta prisão passa a ser chamado de louco, o que para mim é elogio. Eu vou fazendo e deixando o meu rastro,do meu jeito,isso mostra quem eu sou”
Grande, Rita!

São tantos desencontros - artigo para o jornal O Regional


Falando de mulheres

Ah! São tantos os desencontros!Nas relações amorosas, então...
Assim alguns homens passam todo o tempo provando que são machos. Acreditam que todas as mulheres são iguais,portanto o roteiro de sedução varia pouco:
“Você é linda! Que sorriso!” (para iniciar o ataque).
“Gosto de mulheres inteligentes como você” (dando sequencia)
“Nunca encontrei uma mulher que realmente eu me apaixonasse. Não aguento mais a solidão” (com cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança).
E nós mulheres como reagimos?Acreditamos (isso quando a Cinderela esta de plantão ou a autoestima meio baixa). Bem, vamos achar que o príncipe bateu a nossa porta. Nestes casos corremos o risco de cair numa armadilha da qual sairemos, no mínimo, muito machucadas.
Primeiro porque nós mulheres, comuns mortais, não somos nenhuma Madona. Portanto as barrigas estão sempre maiores do que deveriam,os peitos mais moles do que precisavam e as bundas sempre abaixo do nível do mar.
É claro que já sabemos, porque as revistas berram nas nossas orelhas, que se passarmos horas na academia, levantarmos às cinco da manhã e corrermos feito loucas em volta do quarteirão, lambuzarmos todo o corpo e a cara de cremes caros e milagrosos ou ainda se fizermos massagem, lipo, aplicação de botox, silicone e não sei mais o que, quem sabe teremos a chance de ficarmos similares a estas maravilhosas mulheres que estão nas capas das revistas e para as quais a natureza e o dinheiro já deram tudo.
Ah!,Não.Que cansaço!!!Quando vou ler meus livros tão queridos?E as conversas com os amigos,horas a fio?E o trabalho onde o encontro com pessoas maravilhosas nos acrescentam experiências e descobertas tão interessantes?
Falta ainda a gastronomia,o grande prazer!Adoro sushi (e pãozinho com manteiga,na chapa, na padaria da esquina). Adoro sorvetes e bombas de chocolate.
E quem tem filhos,faz o que com eles,manda para a avó?
A que horas vamos namorar, pois da meia-noite a seis,no mínimo,temos que dormir.
Ora,quando se tem que fazer tantas coisas,algo não vai dar certo. Nós,as comuns mortais,não usamos o corpo para ganhar dinheiro,usamos a cabeça e,com raríssimas exceções,quando se cuida com afinco de uma coisa acaba-se tratando mal a outra!!!